A rejeição das condições de paz para pôr termo a uma rebelião no leste, onde os combates entre insurretos e forças militares já provocaram pelo menos 375 mortos, coincidiu com novas críticas dos Estados Unidos à Rússia, quando Putin decidiu colocar "em estado de alerta" as tropas do distrito militar central do país. Antes, a Rússia tinha já confirmado o reforço das suas tropas na fronteira com a Ucrânia.
"O plano de paz de Poroshenko 1/8Petro Poroshenko, o Presidente ucraniano 3/8 não deve surgir como uma forma de ultimato para os insurgentes", declarou hoje o líder do Kremlin. "Caso não seja seguido de passos concretos para o início de um diálogo, o plano proposto não será nem viável nem realista", acrescentou, apesar de admitir um apoio ao princípio do cessar-fogo.
Esta ordem unilateral, que entrou em vigor sexta-feira às 22:00 locais (20:00 em Lisboa) pretende a deposição das armas pelos rebeldes e o início de um ambicioso plano de paz, incluindo a formação de uma zona-tampão ao longo da fronteira russo-ucraniana.
O cessar-fogo deve expirar em 27 de junho, dia em que a ex-república soviética deverá assinar um acordo de associação com a União Europeia (UE), que também implica um maior afastamento da órbita russa.
Hoje, a Ucrânia denunciou um ataque separatista contra guardas-fronteiriços na região de Donetsk, um dos bastiões rebeldes, e acrescentou que os guardas responderam poucos minutos depois, com um balanço de nove feridos.
Um porta-voz das operações militares ucranianas confirmou um segundo ataque perto de Slaviansk. No entanto, um porta-voz da autoproclamada república separatista de Donetsk afirmou que Slaviansk foi alvo de um "pesado ataque" das tropas ucranianas.
Na sexta-feira o novo Presidente ucraniano tinha já indicado que o cessar-fogo unilateral "não significa que não respondamos em caso de agressão contra as nossas tropas".
Lusa