O Presidente " (Barack) Obama mobilizou a comunidade internacional (...), conseguiu reunir um apoio internacional expressivo. Convidou o primeiro-ministro ucraniano para a Casa Branca, quarta-feira, para mostrar ainda mais o seu apoio", afirmou, em declarações à estação de televisão norte-americana NBC, Tony Blinken, vice-conselheiro para a área da segurança nacional.
Arseni Iatseniouk anunciou hoje, no início do conselho de ministros em Kiev, que ia deslocar-se aos Estados Unidos durante a próxima semana para discutir a crise ucraniana e a situação na república autónoma ucraniana da Crimeia (sul da Ucrânia), ocupada há mais de uma semana por forças pró-russas.
"Na próxima quarta-feira, o vice-primeiro-ministro irá presidir ao conselho de ministros porque irei viajar para os Estados Unidos para discutir ao mais alto nível a resolução da situação na Ucrânia", declarou Iatseniouk, citado pela agência Interfax.
Num comunicado, divulgado hoje à tarde, a Casa Branca acrescentou que Obama e Iatseniouk vão discutir na próxima semana a "procura de uma resolução pacífica" para a crise em torno da Crimeia.
A visita do líder ucraniano representa "o forte apoio dos Estados Unidos ao povo da Ucrânia que tem demonstrado coragem e determinação durante a recente crise", realçou a administração norte-americana, num comunicado.
Os dois políticos "vão discutir a procura de uma solução pacífica para a atual intervenção militar da Rússia na Crimeia que respeite a soberania e a integridade do território ucraniano", acrescentaram as autoridades norte-americanas.
A Crimeia é uma província autónoma localizada no sul da Ucrânia.
O chefe de Estado norte-americano e o primeiro-ministro interino ucraniano vão ainda abordar "o apoio que pode dar a comunidade internacional para ajudar a Ucrânia a lidar com os problemas económicos", mas também nas próximas eleições previstas naquele país.
Estão previstas eleições presidenciais antecipadas para 25 de maio, mas o parlamento autónomo da Crimeia anunciou, na quinta-feira, a realização no próximo dia 16 de março de um referendo sobre uma união da península com a Rússia.
As autoridades locais da Crimeia não reconhecem o novo Governo de Kiev e defendem o regresso ao poder de Viktor Ianukovich, destituído em fevereiro e atualmente refugiado na Rússia.
Arseni Iatseniouk afirmou hoje que a Ucrânia não irá ceder "nem um centímetro do seu território" à Rússia.
Lusa