O tribunal correcional de Paris pronunciou ainda penas de seis a nove anos de prisão contra seis outros indiciados.
Neste processo relacionada com uma fileira de recrutamento de jihadistas, o procurador tinha pedido 18 anos contra Benghalem, que se julga estar na Síria desde 2013, e seis a dez anos para os restantes suspeitos.
Benghalem, 35 anos, alvo de um mandado de captura internacional e incluído na "lista negra" dos Estados Unidos, terá ficado furioso quando os seus homens desertaram quando chegaram à Síria, referiu ainda o procurador.
Antigo preso de delito comum radicalizado na prisão, Benghalem frequentou um grupo de islamitas parisienses quando foi libertado em 2010. Nessa ocasião passou a encontrar-se regularmente com os irmãos Kouachi, autores do atentado de 7 de janeiro de 2015 contra o jornal satírico Charlie Hebo, e com Amédy Coulibaly, o atacante de uma mercearia judaica em 9 de janeiro de 2015.
Na ata de acusação, o procurador sublinhou a sua "perigosidade máxima" e considera que representa o "perfil" dos autores dos atentados de 13 de novembro que provocaram 130 mortos em Paris.
Num vídeo de propaganda difundido em 13 de fevereiro de 2015, Benghalem ameaça a França, exprime a sua alegria face aos ataques de janeiro de Paris (17 mortos) e apela às "células adormecidas" que ataquem a França.
Lusa