Num telegrama enviado ao Presidente sul-africano, Jacob Zuma, Francisco elogiou o "empenho inabalável mostrado por Nelson Mandela na defesa da dignidade humana para todos os cidadãos da nação e na construção de uma nova África do Sul com base na não-violência, na reconciliação e na verdade".
"Rezo para que o exemplo [de Mandela] inspire gerações de sul-africanos a colocar a justiça e o bem comum à frente das ambições políticas", disse o papa argentino.
"Foi com tristeza que tomei conhecimento da morte... e enviei condolências e orações a toda a família Mandela, aos membros do governo e a todo o povo da África do Sul", acrescentou.
"Peço a Deus que console e dê força a todos os que choram a morte" de Mandela, sublinhou o papa.
A morte de Nelson Mandela, aos 95 anos, foi anunciada na quinta-feira à noite pelo Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, motivando de imediato uma série de reações de pesar provenientes de diversas personalidades e instituições de vários setores de todo o mundo.
"A nossa nação perdeu o maior dos seus filhos", disse o Presidente sul-africano, anunciando que a bandeira sul-africana vai estar a meia-haste a partir de sexta-feira e até ao funeral, que será de Estado, e cuja data ainda não é conhecida.
O Comité Nobel norueguês considerou já Nelson Mandela, que esteve preso quase trinta anos pela luta contra o regime de "apartheid" da África do Sul, "um dos maiores nomes da longa história dos prémios Nobel da Paz".
Mandela foi o primeiro Presidente negro da África do Sul, entre 1994 e 1999.
Lusa