Hugo Chavez

Catorze anos de mandato de Hugo Chávez

O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que  morreu na terça-feira em Caracas, aos 58 anos, fez intervenções polémicas  que ficaram famosas ao longo dos quase 14 como chefe de Estado. 

© Carlos Garcia Rawlins / Reuters

Estas são algumas dessas frases e expressões que pronunciou, compiladas  pela agência de notícias EFE: 

     

Sobre a "revolução bolivariana":- 27 de junho de 2012, numa cerimónia militar: "Quem não é chavista, não  é venezuelano";

- 28 de julho de 2012, no seu 58º aniversário: "O homem do futuro chama-se  Chávez, porque Chávez já não sou eu, Chávez somos todos (...) Chávez é Miranda,  é a Venezuela, já não sou eu";

- 7 de outubro de 2012, data da sua reeleição: "Hoje ganhou a América  Latina, o Caribe, os povos da nossa América ganharam com a vitória do povo  venezuelano." 

 

Sobre o liberalismo: - 23 de fevereiro de 2005: " (neoliberalismo) torna impossível a democracia,  porque impede a justiça social e sem justiça social não pode haver democracia  e paz." 
Sobre a América Latina: - 9 de dezembro de 2006, numa crítica à falta de avanços em relação às  ao Mercosul e à Comunidade Andina (CAN) numa cimeira sul-americana: "Tantas  reuniões, tantas cimeiras, mas não sabemos para onde vamos", afirmou, criticando  a "impotência política", para a qual defendeu "um viagra político";

 - 14 de outubro de 2007, numa conversa com Fidel Castro, "um pai dos revolucionários",  "um mestre", "um semeador de consciências": "A integração da América Latina  e do Caribe vai permitir que nos juntemos com êxito a um mundo pluripolar  (...). Só a união nos tornará fortes." 

Sobre os Estados Unidos da América (EUA):  - 20 de setembro de 2006, referindo-se George Bush na Assembleia das Nações  Unidas, em Nova Iorque: "Ontem o diabo veio aqui. Neste lugar cheira a enxofre." ;

- 25 de agosto de 2009: "Lamentavelmente, Obama não tem o poder para travar  a máquina imperial. A máquina imperial vai continuar a avançar... Um dia  cairá, o tempo... Como diz o ditado, 'a cada porco chega o seu sábado'.  A cada império chega o seu sábado."  

Sobre Espanha: - 10 de outubro de 2007, na XVIII Cimeira Ibero-americana, em Santiago  do Chile. Chávez chamou "fascista" ao ex-presidente do Governo espanhol  José María Aznar e o rei Juan Carlos respondeu-lhe: "Por que não te calas?".  No dia anterior, Chávez tinha citado uma canção mexicana no reunião plenária  da cimeira: "Não sou moedinha de ouro para agradar a todos."  
Sobre a sua reeleição:- 6 de dezembro de 2008, na celebração do 10º aniversário da sua eleição  e depois de anunciar o referendo para permitir a reeleição contínua: "Uh,  ah, Chávez no se va  ("uh, ah, o Chávez não vai embora"). Se Deus quiser  e me der saúde, estou preparado para continuar com vocês. O que Deus disser  e o que o povo mandar." 
Sobre a expropriação de empresas ("aquisições forçadas") :- 26 de janeiro de 2011, numa conversa por telefone com o presidente do  BBVA na Venezuela, transmitida na televisão: "Está a dizer-me que o banco  não está à venda, mas eu posso expropria-lo já, de imediato, se quiser,  em função do interesse nacional." 
Sobre o líder da oposição, Henrique Capriles: - 16 de fevereiro de 2012: "Uma das minhas tarefas, "majunche"  (medíocre),  desculpe, senhor "majunche", vai ser (...) tirar-te a máscara, "majunche",  porque por mais que te disfarces, tens rabo de porco, orelhas de porco,  roncas com um porco e, então, és um porco".  

Lusa

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