A referência dos manifestantes ao dinheiro é uma alusão aos casos da alegada corrupção da candidata: o reconhecimento de um emprego fictício do seu guarda-costas como assistente parlamentar europeu e o pagamento indevido a uma assistente, com fundos públicos.
Perante o protesto, Marine Le Pen e Nicolas Dupont-Aignan (o primeiro-ministro de França, caso a candidata vença) foram obrigados a sair da Catedral pelas traseiras, e rodeados de seguranças.
A situação também não facilitou a vida ao braço direito de Le Pen, que a acompanhava. Florian Philippot recorreu ao Twitter para criticar os apoiantes de Macron.
"Os agitadores de Macron nem nos deixaram prestar homenagem à França e à sua história", Philippot escreveu na rede social.
Apesar de ser um ato de campanha surpresa, o presidente da Câmara de Reims recorreu ao Twitter para mostrar o seu descontentamento perante a visita.
Arnaud Robinet anunciou que seria uma "perda de tempo" para a candidata visitar aquela catedral, pois esta era um símbolo da "reconciliação franco-alemã" e Reims era uma cidade "virada para a Europa".
Foi este o anúncio que "estragou" a visita surpresa da candidata, e que levou os manifestantes ao local.
Desde o início, a campanha de Marine Le Pen ficou marcada por distúrbios, ou por manifestações contra a candidata, coisas arremessadas, ou até mesmo por confrontos entre os os apoiantes de Le Pen contra os dos outros partidos.
Na quinta-feira, Marine Le Pen já tinha sido alvo de um protesto, numa comuna no noroeste de França. Os manifestantes atiraram-lhe ovos e a candidata foi obrigada a ser escoltada por guarda-costas para o edifício mais próximo.
Este foi o último dia de campanha antes das eleições presidenciais da segunda volta, que se realizam este domingo.