Eleições EUA 2016

Peritos em computação aconselham Clinton a pedir recontagem dos votos 

Os responsáveis da campanha de Hillary Clinton estão a ser pressionados por peritos em ciências da computação para que peça uma recontagem dos votos em Wisconsin, Michigan e Pensilvânia. Este grupo de cientistas alega que as suas investigações encontraram indícios de que a contagem de votos pode ter sido manipulada nestes três estados norte-americanos.

De acordo com a CNN, J. Alex Halderman, responsável do Centro de Segurança Computacional e Sociedade da Universidade de Michigan, é um dos especialistas que alertou a campanha de Clinton, considerando que existe um desfasamento entre a contagem eletrónica dos votos e outros sistemas de contagem.

Na passada quinta-feira, o grupo de peritos esteve reunido com John Podesta, responsável da campanha de Clinton, e Marc Elias, conselheiro da campanha democrata, para comunicar o seu parecer.

Os cientistas apresentaram as conclusões das suas investigações que mostram que em Wisconsin, Clinton teve menos 7% dos votos nas contagens eletrónicas, em comparação com a contagem de boletins em papel ou com recurso a scanners.

Com base nesta análise científica, Clinton poderá ter perdido 30 mil votos, número que ganha relevo tendo em conta que perdeu Wisconsin por 27 mil.

Apesar de não terem encontrado provas claras de manipulação ou pirataria informática, estes cientistas alegam que as suspeitas justificam uma revisão independente da contagem dos votos.

A restante composição do grupo de peritos ainda não é conhecida, bem como os detalhes das suspeitas relativas a Michigan e Pensilvânia. Sabe-se que os últimos resultados divulgados, e que prolongaram até ao fim da contagem dos votos a incerteza quanto ao vencedor do escrutínio, foram os da Pensilvânia, onde Trump ganhou apesar de se tratar de um estado tradicionalmente democrata, e os do Wisconsin.

Michigan, Pensilvânia e Wisconsin são três estados decisivos, se o resultado tivesse sido favorável a Clinton a candidata teria alcançado uma maioria de votos no colégio eleitoral e derrotado Donald Trump.

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