O olho humano possui naturalmente mecanismos de proteção contra as radiações eletromagnéticas. Mas está cientificamente comprovado que olhar para o sol sem proteção é sempre perigoso, queima as células da retina e provoca lesões oftalmológicas graves. Há fatores que aumentam esses riscos:
1. Cristalinos mais transparentes nos mais jovens.
2. Ausência de cristalino nas pessoas operadas a cataratas.
3. Cirurgias oculares que enfraqueçam a retina.
4. Existência de patologias retinianas prévias, como por exemplo associada a diabetes.
5. Medicação com algumas substâncias como a ingestão de tetraciclinas.
6. Aumento da temperatura corporal devido a fatores como febre ou mesmo clima de verão.
7. Fundo ocular muito pigmentado que favorece o aumento de temperatura retiniana.
Créditos: http://oal.ul.pt/
Recomenda-se especial atenção aos mais novos
Os jovens e as crianças devem ser alvo de atenção especial. O nível de proteção da retina das crianças é menor do que a dos adultos, pelo que estão ainda mais suscetíveis a lesões oculares.
Como a queimadura provocada pela radiação não causa qualquer ardor ou sintoma no momento, corre-se o risco de não se perceber o que pode estar a acontecer.
Em comunicado enviado esta semana às escolas, o Ministério da Educação lembra que a observação do Sol "requer procedimentos de segurança corretos que, a não serem observados, terão como consequência graves riscos para a visão e, no limite, a cegueira".
O Ministério avisa que o Sol "nunca deve ser observado diretamente sem filtros solares oculares", mais conhecidos como "óculos de eclipses", nem através de óculos escuros, vidros negros fumados, películas ou negativos fotográficos e radiografias.
A observação com óculos de proteção especial "nunca deve exceder períodos de 30 segundos", fazendo-se "sempre intervalos de três minutos de descanso".
A tutela sugere como método seguro de observação do eclipse a projeção da imagem do Sol num cartão, por meio de um orifício, ou a visualização da imagem projetada na sombra das árvores.