No relatório, que de acordo com a agência France Presse ainda não foi publicado, revela-se a amplitude dos danos ligados à rebelião islamita que se iniciou em 2009 e que durante algum tempo controlou vastas zonas do nordeste da Nigéria.
Integra-se numa "avaliação da reconstrução e da pacificação pós-insurreição", um programa de intervenção que envolve o Banco Mundial, a União Europeia e as Nações Unidas com seis Estados do nordeste nigeriano.
A avaliação realizada no terreno em cada um dos seis Estados analisou a educação, água, saneamento, habitação, edifícios públicos, energia, ambiente, transportes, economia e comércio.
Só no Estado de Borno poderão ter sido mortos 20.000 pessoas, um número superior ao de anteriores estimativas, disseram hoje à AFP fontes com conhecimento do relatório.
Além disso, a maioria dos dois milhões de deslocados são originários daquele Estado, feudo do Boko Haram e particularmente afetado pelos ataques e atentados dos 'jihadistas'.
Nos 27 distritos do Estado de Borno, os combates destruíram ou danificaram cerca de 30% das habitações, 5.335 salas de aula e edifícios em 552 estabelecimentos de ensino, 1.205 edifícios administrativos, 76 postos de polícia, 35 estações de eletricidade, 14 prisões, 201 centros de saúde e 1.630 pontos de água.
O governo calculou ainda que pastagens, bacias hidrográficas e lagos foram envenenados em 16 distritos e que 470.000 cabeças de gado foram mortas ou roubadas.
A extensão dos danos é superior a 1.900 mil milhões de naira, ou seja, 5,9 mil milhões de dólares.
Lusa