"Dispomos de mais ou menos 250 milhões de dólares (231 milhões de euros)" para financiar a Força de Intervenção Conjunta Multinacional (MNJTF), que combate o Boko Haram na bacia do lago Chade, anunciou Smail Chergui, comissário para a Paz e Segurança da União Africana (UA).
Chergui precisou que a Nigéria contribuiu com 110 milhões de dólares, a União Europeia com 50 milhões, o Reino Unido com oito milhões "já recebidos", a Suíça com quatro milhões de francos suíços (3,6 milhões de euros) e a Comunidade de Estados do Sahel-Saara com 1,5 milhões de dólares.
O chefe de Estado do Chade, Idriss Déby, novo presidente em exercício da UA, disse esperar que as promessas de contribuições sejam "honradas urgentemente para mostrar o firme empenho na luta contra o terrorismo".
Para combater o Boko Haram, os quatro países nas margens do lago Chade -- Nigéria, Camarões, Chade e Níger -- e o Benim criaram a referida força conjunta, que integra 8.700 militares, polícias e civis.
Chergui considerou no domingo que aquela força tem feito "um trabalho notável" e "o Boko Haram já não ocupa o território como antes: estão escondidos na floresta", de onde saem para realizar os atentados terroristas.
"Foram obtidos grandes resultados e devemos consolidar o adquirido", adiantou.
O Boko Haram, que jurou lealdade ao grupo radical Estado Islâmico, já causou mais de 17.000 mortos e 2,6 milhões de deslocados na Nigéria, desde que iniciou a sua revolta em 2009.
Lusa