"O Banif foi objeto de uma recapitalização pública em janeiro de 2013. Após essa data, foram, sem sucesso, submetidos à Comissão Europeia, vários planos de restruturação ou, eufemisticamente, várias versões", começou por declarar Mário Centeno na sua intervenção inicial na comissão parlamentar de inquérito sobre o Banif.
Depois, em resposta ao deputado do PS Carlos Pereira, Centeno pediu que a discussão não se focasse em "semântica".
"Era bom que nos deixássemos de semânticas. Quando há uma versão alterada de um plano anterior, na verdade estamos a apresentar um plano de reestruturação novo e não foi com certeza por o outro ter sido aprovado", vincou o ministro.
Na quarta-feira, Maria Luís Albuquerque - ouvida na comissão de inquérito - declarou querer "repor a verdade", vincando que não houve planos de reestruturação do banco chumbados, antes um único que foi sendo alterado e nunca formalmente chumbado ou aprovado.
"Não houve nenhum plano chumbado" por Bruxelas, realçou a antiga titular da pasta das Finanças do executivo PSD/CDS-PP, acrescentando que o que houve foi "oito versões que foram discutidas e negociadas".
Maria Luís Albuquerque diz que ao longo das oito versões houve pontos que ficaram fechados e outros que foram regularmente "discutidos", e lembrou que o plano tinha sempre "subjacente o cenário macroeconómico".
Lusa