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Buscas à Câmara de Cascais: um dos processos investiga negócios com empresa Shiningjoy

A Shiningjoy é detida por uma empresária macaense que, na pandemia, doou ventiladores ao SNS e máscaras infantis ao concelho de Cascais.

SIC Notícias

Um dos processos em investigação está relacionado com os negócios entre a Câmara Municipal de Cascais e a empresa Shiningjoy, detida por uma empresaria macaense.

Residente em Cascais, Emily Kuo Vong aparecia em 2021 ao lado de Carlos Carreiras.

A empresária macaense que no ano anterior tinha doado 100 ventiladores ao Serviço Nacional de Saúde oferecia agora 100 mil máscaras infantis ao concelho de Cascais.

Um mês antes, a autarquia tinha vendido à empresaria macaense por pouco mais de um milhão de euros o negócio de produção de máscaras, que incluía duas máquinas vindas da China que tinham custado à Câmara 500 mil euros.

A shiningjoy pagou em espécie com 6 milhões e meio de máscara cirúrgicas.

Ficou também estabelecido que o negócio ficava sujeito à venda de três imóveis à ShiningJoy por 1.750.000 euros.

Exatamente o mesmo valor que a câmara os tinha comprado e já depois das obras de reconversão de um dos armazéns por 342 mil euros.

De acordo com o jornal Público, o Tribunal de Contas fez uma auditoria e concluiu que o negócio não foi transparente, nem devidamente justificado.

A empresa Shiningjoy, de Emily Kuo Vong, foi uma das principais fornecedoras de máscaras em Cascais, mas acabou por ter as máscaras retiradas do mercado por indicação do Infarmed no final de 2021.

Na altura, o comunicado justificava a suspensão da marca ShiningJoy porque ostentava "marcação CE indevida". O infarmed justificava que não existia evidência de cumprimento de todos os requisitos legais aplicáveis a nível europeu.

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