O discurso do primeiro-ministro Luís Montenegro na posse do XXIV Governo Constitucional tem dado que falar. Há quem considere que “já está a esticar a corda a ver se ela rebenta” e há quem ache que, no geral “foram bons discursos”, como o comentador da SIC João Maria Jonet.
“Os discursos foram, de facto, bons. Deram uma ideia clara das expectativas tanto do Presidente da República como de Luís Montenegro para o Governo que aí vem”, referiu o comentador da SIC.
E acrescentou:
“Montenegro é uma pessoa que sabe se rodear de pessoas capazes e já o fez no passado. Quando tem tempo, a coisa costuma sair bem em congressos ou em declarações de candidatura”.
Também o comentador da SIC Luís Delgado disse que Montenegro “fez bem em colocar todas as questões que quer ver resolvidas imediatamente”, tendo sido um discurso em que “as coisas mais importantes ficaram esclarecidas”.
Um diálogo com todos
O que também foi reforçado no primeiro discurso como primeiro-ministro foi a a vontade de dialogar "com todos”, mencionaram ainda os comentadores.
“Se o PSD conseguir sempre ter a disciplina de dialogar com os partidos todos e não tornar nenhum dos outros partidos um parceiro preferencial, há aqui algum potencial", sublinhou João Maria Jonet.
Mas se são “todos”, isso significa que o Chega também está incluído. Quer isto dizer que o “o PSD está a pôr o Chega no mesmo plano que o Bloco de Esquerda”, destacou o mesmo comentador da SIC.
“Ninguém poderá acusar o PSD de ser um partido que privilegia o BE. E ninguém poderá acusar o PSD de fazer um acordo de bastidores com o Chega”, acrescentou João Maria Jonet.
23 dias depois das eleições legislativas antecipadas de 10 de março, o chefe de Estado empossou, nesta terça-feira, o primeiro-ministro e depois os 17 ministros do executivo minoritário formado por PSD e CDS-PP. O XXIV Governo Constitucional ficará completo com a posse dos secretários de Estado, marcada para sexta-feira.