No plano da Economia e das Finanças, o Governo tem várias promessas para cumprir, a começar pelo choque fiscal. No imediato, terá de negociar com professores e forças de segurança, entre outras classes profissionais que reclamam melhores salários e subsídios. Na terça-feira, Luís Montenegro fez questão de baixar as expectativas logo no discurso da tomada de posse como primeiro-ministro.
A correção da rota começou aos oito minutos de um discurso de quase meia hora.
"Não ficámos um país rico só porque tivemos um superavit orçamental", alertou o novo chefe de Executivo.
O passo seguinte foi baixar as expectativas e desmontar ideias, quem sabe, criadas por promessas eleitorais.
"A teoria dos cofres cheios conduz à reivindicação desmedida e descontrolada de despesas insustentáveis. É perigosa, errada e irresponsável", referiu.
Ministro da Presidência repete mensagem
A mensagem foi repetida menos de 24 horas depois, no final do primeiro Conselho de Ministros por Leitão Amaro, o novo ministro da Presidência. Se lhe bastará o atual orçamento herdado do Governo do PS, ou se precisará de um retificativo, ainda não sabe, não pode, ou não quer responder.
"As repostas virão e serão transmitidas aos portugueses gradualmente e no momento certo", vincou.
Quanto ao orçamento para 2025, o Governo compromete-se já a entregá-lo até 10 de outubro, como mandam as regras. Será nesse orçamento, em princípio, que estará espelhado o tal choque fiscal e todas as outras promessas de um programa que será apresentado no Parlamento, na próxima semana.