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Marcelo explica indigitação de Montenegro de madrugada: "Fez um sacrifício, foi ele que pediu"

O líder da AD, Luís Montenegro, foi indigitado como primeiro-ministro já depois da 00:00. Nessa mesma noite, viajou para o Porto para apanhar um avião para Bruxelas.

Rita Rogado

O Presidente da República adianta que foi Luís Montenegro que pediu que a indigitação como primeiro-ministro fosse já de madrugada, apesar de ser um “sacrifício” para o próprio, uma vez que o líder do PSD teve de viajar para o Porto nessa mesma noite e, horas depois, para Bruxelas.

Numa passagem pela Futurália, no Parque das Nações, Marcelo Rebelo de Sousa explica que era "importante para o país" que o líder da Aliança Democrática participasse, esta quinta-feira, já como primeiro-ministro indigitado, em reuniões "importantes" em Bruxelas.

"Não era problema de uma pessoa, de um partido ou de uma coligação, é um problema do país", afirma.

Recebido na FIL com grande alvoroço por jovens, exemplifica que era "importante" que Montenegro se encontrasse com o primeiro-ministro ainda em funções, com a presidente da Comissão Europeia e membros do PPE no Conselho Europeu.

Em cima da mesa, em Bruxelas, vão estar "temas muito pesados e importantes", como as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, e vão ser feitas negociações com países de leste.

Para o chefe de Estado, "não fazia sentido" que Luís Montenegro fosse indigitado na sexta-feira, estando em Bruxelas.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescenta que o primeiro-ministro indigitado fez "um sacrifício", uma vez que saiu de Lisboa à 01:00 em direção ao Porto para apanhar um avião para Bruxelas.

"Foi ele que pediu que isso acontecesse", garante.

Questionado se é necessário acelerar prazos e a tomada de posse do novo Governo, Rebelo de Sousa considera que não é preciso, uma vez que o processo tem corrido com "grande naturalidade e normalidade".

A indicação aconteceu depois de serem fechados os resultados dos votos da emigração nas eleições legislativas, com o Chega a conseguir eleger mais dois deputados, à frente da AD e do PS, que elegeram apenas um deputado cada. Com estes resultados, a AD fica com 80 deputados, o PS com 78 e o Chega com 50.

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