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Estudante paquistanesa vai criar escola para raparigas com apoio de Angelina Jolie

Um fundo criado pela estudante paquistanesa  Malala Yousafzai, alvejada pelos Talibãs por defender a educação para as  mulheres, anunciou que vai criar uma escola para cerca de 40 raparigas, com o apoio de Angelina Jolie. 

(Reuters/Arquivo)
© Stringer . / Reuters

Malala, de 15 anos, encontra-se no Reino Unido a recuperar de uma intervenção cirúrgica, depois de ter sido alvejada na cabeça, quando o autocarro em  que seguia foi atacado, em outubro último.  

A estudante anunciou o primeiro projeto do fundo através de uma mensagem  de vídeo dirigida à fundação 'Women in the World', sediada em Nova Iorque.

A jovem disse que os 45 mil dólares (35 mil euros) que a fundação conseguiu  angariar, com a ajuda da atriz Angelina Jolie e de duas instituições de  apoio a mulheres, servirão para enviar 40 raparigas com idades entre os  cinco e os 12 anos para a escola, na região paquistanesa de 'Swat Valley',  de onde a jovem é proveniente. 

"Anunciar a primeira doação do 'Malala Fund' é o momento mais feliz  da minha vida. Transformemos a educação de 40 raparigas em 40 milhões de  raparigas", disse Malala Yousafzai. 

A localização e nome do projeto não serão anunciados por razões de segurança,  mas será providenciado um local seguro para estudar, bem como apoio financeiro  para as famílias das raparigas que de outra maneira seriam obrigadas a trabalhar,  afirmou o Fundo. 

Angelina Jolie, que apresentou a mensagem de Malala, saudou a coragem  da estudante e comprometeu-se a doar 200 mil dólares (155 mil euros) ao  fundo da jovem paquistanesa. 

"A tentativa brutal de silenciar a sua voz só fez com que esta falasse  mais alto", afirmou a atriz. 

Malala, que está nomeada para o Prémio Nobel da Paz deste ano, tornou-se  conhecida aos 11 anos quando começou a escrever um blogue para a BBC, no qual descrevia a sua vida sob o controlo talibã. 

A tentativa de homicídio da estudante foi condenada a nível mundial  e milhões de pessoas já assinaram petições a apoiar a sua causa. 

Malala foi submetida a uma intervenção cirúrgica em fevereiro para reparar  os danos causados pela bala que a atingiu durante o ataque, e já voltou  à escola em Birmingham, cidade inglesa onde foi tratada. 

Lusa

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