Cerca de 40% dos cancros podem ser evitados se levarmos uma vida mais saudável, a começar pela alimentação. Está provado que uma dieta equilibrada é fundamental na prevenção e tratamento das doenças oncológicas.
Os nutricionistas recomendam peixes gordos, como a sardinha ou o carapau. Dizem que cada pessoa deve comer 400 gramas de hortícolas por dia - um valor que fica muito além da média nacional. E, em contrapartida, devemos consumir muito menos alimentos processados.
Algumas recomendações
- Três peças de fruta por dia. De preferência fruta da época: é mais acessível, mais barata e também mais rica em nutrientes
- O pão não acrescenta nada ao almoço e ao jantar
- Reduzir as quantidades de arroz, massas ou batatas que costumam acompanhar a carne ou o peixe.
Está provado que a obesidade é, por si só, um dos principais fatores de risco associado ao cancro.
Nunca como agora se comeu tanta carne
Frango, em primeiro lugar, depois porco e vaca. Em 40 anos o consumo da carne em Portugal quase duplicou. Hoje cada português consome cerca de 120 quilos em média por ano.
Médicos e nutricionistas aconselham menos doses por semana e quantidades mais pequenas por refeição. Sobretudo de carnes vermelhas e processadas por causa das doenças cardiovasculares e oncológicas.
Abusamos do sal, bebemos pouca água e consumimos açúcar em excesso
Pomos sal na comida e ingerimos sal através dos alimentos transformados. Estamos longe de beber pelo menos um litro e meio de água, a quantidade diária recomendada e consumimos mais de 80 gramas de açúcar por dia quando são aconselhados 50 gramas no máximo.
O tratamento do cancro pode causar alterações de paladar. Alimentos com sabor metálico e boca seca são alguns dos sintomas.
Um programa alimentar devidamente programado e adaptado a cada doente é fundamental para manter a robustez - o peso, a massa muscular e a qualidade de vida durante e depois dos tratamentos.
O primeiro passo para a prevenção é estar atento à rotulagem dos alimentos e saber as quantidades de cada ingrediente.