Um novo estudo científico sugere que as ondas de calor provocadas pelo aquecimento global estão a acelerar o envelhecimento humano, pelo que estamos a envelhecer mais depressa do que antes. Mas como é que se avalia isto?
O mais recente estudo científico acompanhou 25 mil adultos jovens e saudáveis durante 15 anos, em Taiwan. Esta é a primeira investigação a analisar o impacto da exposição a ondas de calor mais intensas na nossa pele e saúde.
A conclusão é clara: perante temperaturas mais altas durante períodos mais longos, o envelhecimento acelera e, em alguns casos, o declínio cognitivo também é mais rápido. A exposição solar repetida ao longo dos anos acelera a degradação das células e pode causar danos duradouros à saúde de milhões de pessoas.
A investigação surge numa altura em que as alterações climáticas induzidas pelos humanos se tornam mais intensas e prolongadas, com temperaturas a quebrar recordes tanto na Europa como nos Estados Unidos, no Médio e no Extremo Oriente.
Além disso, o calor extremo apresenta riscos indiretos para a saúde, como piorar a qualidade do ar e criar condições propícias para incêndios, secas e tempestades.
O estudo foi publicado na revista científica Nature - Climate Change, cuja revisão é feita por cientistas especializados.