Saúde e Bem-estar

Sarampo: casos aumentam em Portugal mas DGS não espera surtos de grande dimensão

 A Direção-Geral da Saúde admite preocupação, mas garante que o elevado nível de vacinação diminui a possibilidade de grandes surtos. Foram já confirmados 11 casos desde o início do ano, 10 na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Ana Paula Félix

Margarida Borges Martins

Os casos de sarampo estão a aumentar em Portugal. Desde o início do ano, foram diagnosticadas 11 pessoas. A Direção-Geral da Saúde admite preocupação, mas garante que o elevado nível de vacinação diminui a possibilidade de grandes surtos.

Dos casos identificados e confirmados de sarampo, 10 foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo e 1 no Centro do país. 7 adultos e 4 crianças. 6 dos infetados não tinham a vacina contra o sarampo.

Até ao momento, todos os casos registados em Portugal são importados. Foram infetados no estrangeiro ou então estiveram em contacto com alguma destas pessoas que vieram de fora.

A elevada cobertura da vacina leva a Direção-Geral da Saúde a acreditar que não são esperados surtos de grande dimensão em Portugal, mas adianta que "a introdução de novos casos pode acontecer e promover a disseminação em comunidades cuja cobertura vacinal não seja tão elevada".

Admite também estar preocupada com a crescente hesitação vacinal e garante que as vacinas são seguras.

Em Portugal, as autoridades apelam a todas as pessoas que perante qualquer suspeita de sarampo devem contactar a linha SNS 24.

Falta de vacinação, um problema

No ano passado, nos países da União Europeia, houve mais de 32 mil (32.265). O motivo: a falta de vacinação.

Nos Estados Unidos, esta semana, morreu a segunda criança com sarampo no Texas. Em dois meses, o surto ter-se-à espalhado para os estados do Novo México, Oklahoma e Kansas deixando cerca de 570 pessoas doentes.

A maioria dos infetados envolve pessoas não vacinadas e menores de 17 anos.

As taxas de vacinação infantil caíram nos Estados Unidos, onde o sarampo tinha sido erradicado há 25 anos.

O secretário de saúde, Robert F. Kennedy Jr., conhecido por ser anti-vacinas, admitiu já que a vacinação é necessária para controlar o surto.

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