Os casos de sarampo estão a aumentar em Portugal. Desde o início do ano, foram diagnosticadas 11 pessoas. A Direção-Geral da Saúde admite preocupação, mas garante que o elevado nível de vacinação diminui a possibilidade de grandes surtos.
Dos casos identificados e confirmados de sarampo, 10 foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo e 1 no Centro do país. 7 adultos e 4 crianças. 6 dos infetados não tinham a vacina contra o sarampo.
Até ao momento, todos os casos registados em Portugal são importados. Foram infetados no estrangeiro ou então estiveram em contacto com alguma destas pessoas que vieram de fora.
A elevada cobertura da vacina leva a Direção-Geral da Saúde a acreditar que não são esperados surtos de grande dimensão em Portugal, mas adianta que "a introdução de novos casos pode acontecer e promover a disseminação em comunidades cuja cobertura vacinal não seja tão elevada".
Admite também estar preocupada com a crescente hesitação vacinal e garante que as vacinas são seguras.
Em Portugal, as autoridades apelam a todas as pessoas que perante qualquer suspeita de sarampo devem contactar a linha SNS 24.
Falta de vacinação, um problema
No ano passado, nos países da União Europeia, houve mais de 32 mil (32.265). O motivo: a falta de vacinação.
Nos Estados Unidos, esta semana, morreu a segunda criança com sarampo no Texas. Em dois meses, o surto ter-se-à espalhado para os estados do Novo México, Oklahoma e Kansas deixando cerca de 570 pessoas doentes.
A maioria dos infetados envolve pessoas não vacinadas e menores de 17 anos.
As taxas de vacinação infantil caíram nos Estados Unidos, onde o sarampo tinha sido erradicado há 25 anos.
O secretário de saúde, Robert F. Kennedy Jr., conhecido por ser anti-vacinas, admitiu já que a vacinação é necessária para controlar o surto.