Até sexta-feira, a Associação de Doentes Europacolon está a promover o rastreio ao cancro do intestino, na estação da Trindade, no Porto. É a segunda causa de morte por cancro em Portugal, mas a doença pode ser prevenida. Numa fase inicial, a probabilidade de cura é quase total.
Um teste simples e indolor permite detetar a presença de sangue, um possível indicador de cancro do intestino ou de lesões pré-malignas, como pólipos.
Durante três dias, os kits são distribuídos gratuitamente na estação da Trindade, no Porto. Um dos critérios é ter mais de 50 anos. Em caso de teste positivo, deve ser realizada uma colonoscopia.
Em Portugal, estão implementados três rastreios de base populacional, um deles é o do cancro colorretal.
Em 2023, mais de 227 mil pessoas foram rastreadas, através do teste de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Mais de 15 mil utentes tiveram resultado positivo. 685 foram encaminhados para tratamento.
A taxa de adesão foi de 54% - um dado aquém do desejável e que preocupa a Europacolon.
Estudos comprovam que o rastreio organizado permite reduzir a mortalidade do cancro do intestino em 20%.
É também fundamental adotar um estilo de vida saudável.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2022, a doença afetou 10.500 portugueses e causou mais de 4.800 mortes. É um aumento considerável face a 2021.