Saúde e Bem-estar

Projeto "um dedo que adivinha" pretende detetar a diabetes tipo 1 antes dos sintomas

O hospital de Matosinhos está a realizar um rastreio em crianças para detetar a diabetes tipo 1 antes dos sintomas. Faz parte de um projeto europeu que já começou em setembro nas escolas da grande Lisboa. O objetivo é reduzir complicações e, no futuro, conseguir atrasar ou evitar a doença.

Cristina Freitas

Gil Barbosa

António Soares

Basta uma simples picada no dedo e 200 microlitros de sangue para ser possível detetar a diabetes tipo 1 antes da doença se manifestar. A amostra vai ser analisada e, dentro de 2 meses, a Madalena e a Leonor recebem o resultado.

“Tal como todos os rastreios é importante para prevenir complicações e eu queria saber se tenho diabetes ou se poderei vir a ter”, diz Madalena Gil, utente da ULS Matosinhos.
“Já sabia como é que se fazia, mas nunca me tinham explicado mais a fundo. Sabia que me picavam o dedo, tiravam sangue e depois descobria-se. Só sabia isso”, explica Leonor Can, utente ULS Matosinhos

O hospital de Matosinhos começou os rastreios no final de Dezembro e já contribuiu com mais de 450 amostras. É o primeiro hospital a juntar-se ao projeto "Um dedo que adivinha", organizado pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal. 

 Até 2028, vão ser rastreadas 10 mil crianças portuguesas entre os 3 e os 17 anos. Os dados vão ser incluídos num projeto europeu que quer contribuir para a prevenção da diabetes tipo 1. 

Para participar no rastreio, basta fazer uma inscrição na página do projeto na internet. Entre as duas mil e duzentas crianças já rastreadas até agora, seis receberam o diagnóstico. 

A diabetes tipo 1 é uma doença crónica autoimune que afeta entre 30 e 40 mil portugueses. Implica a dependência de insulina e não está relacionada com o estilo de vida.

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