No últimos 50 anos, a vacinação permitiu salvar mais de 150 milhões de vidas, em todo o mundo. Os especialistas defendem o alargamento do número de vacinas disponíveis na idade adulta para prevenir doenças e reduzir despesas com saúde.
Foi no ano de 1796 que a primeira vacina foi administrada no Reino Unido. O médico Edward Jenner vacinou uma criança contra a varíola. Desde aí, os esforços de imunização evoluíram, mais de uma dezena de doenças foram erradicadas e a esperança média de vida mais do que duplicou.
Em Portugal, a esperança média de vida ronda os 82 anos, no entanto, a média de anos de vida saudáveis não chega aos 60 (59,2). Para os especialistas, apostar na vacinação ao longo da vida é a chave para aproximar estes dois números.
Mas para além da prevenção de doenças, as vacinas podem fazer mais do que isso.
Apesar dos movimentos negacionistas terem sido amplificados, com a rápida introdução da vacina contra a covid-19 no mercado, a verdade é que, pela UNICEF, foram salvas mais de 150 milhões de vidas graças à vacinação, nos últimos 50 anos.
Zelam pela saúde individual, publica mas também pela saúde financeira do Estado, como mostra o mais recente estudo da Escola Nacional de Saúde Pública e da Universidade Nova, que prevê uma poupança de 245 milhões de euros ao Estado português, caso o plano de vacinação seja alargado.
Apesar do alargamento da vacinação ser o caminho apontado pelos especialistas, a obrigatoriedade não deve estar em cima da mesa.
Envolver empresas, as instituições, o Governo e até mesmo as seguradoras no debate sobre as vacinas é apontado pelos investigadores como a chave para rumar à lógica de uma vacinação para toda a vida.