Cada vez mais pessoas estão a fazer seguros de saúde porque não encontram resposta nos hospitais públicos. Até ao final do ano, o número pode chegar aos 4 milhões.
A pandemia fez disparar os seguros de saúde no país e a confirmar-se o crescimento dos quatro primeiros meses do ano, no final de 2024, segundo a Associação Portuguesa de Seguros, poderão ser 4 milhões os portugueses com seguro de saúde.
Somando também os beneficiários de subsistemas de saúde públicos, como a ADSE ou o sistema dos militares e policias, o jornal Público avança que mais de metade da população está abrangida por um sistema complementar.
Apesar dos seguros de saúde terem disparado, são as famílias quem suporta uma grande parte da despesa com a saúde.
Os dados preliminares da conta satélite da saúde divulgados pelo INE mostram que os seguros de saúde pagam 4,3% da despesa. As famílias desembolsam quase 30%, uma das percentagens mais elevadas da União Europeia e da OCDE.
A justificação para o peso na carteira dos portugueses pode estar no facto de os seguros não cobrirem as despesas mais elevadas, mas a procura continua em nome de um acesso mais rápido e uma escolha dos médicos e das instituições
Em 2023, quase 3 milhões e 700 mil pessoas beneficiavam de um seguro de saúde, mas o crescimento do setor privado não diminuiu a procura do SNS.