Saúde e Bem-estar

Cérebros resistentes ao Alzheimer? Estudo revela conclusões surpreendentes

Há cada vez mais informações sobre o Alzheimer. Desta vez, uma investigação revelou o que pode estar na origem de cérebros "mais resistentes" à doença. Após uma análise de 5 mil amostras, os cientistas ficaram surpreendidos com os resultados.

Matt York/AP

SIC Notícias

Algumas pessoas apresentam alterações compatíveis com o Alzheimer, no entanto, não têm nenhum sintoma da doença. É quase como se os cérebros fossem mais resistentes a esta patologia neurodegenerativa, explica um estudo, divulgado recentemente, pelo Instituto de Neurociência dos Países Baixos.

Uma equipa de investigadores analisou 5 mil amostras de tecido cerebral, armazenadas no Banco de Cérebros dos Países Baixos. Nesse estudo, encontraram 12 pessoas que tinham sido cognitivamente saudáveis antes da sua morte, mas que apresentavam sinais neurológicos de Alzheimer.

O que pode tornar os cérebros "mais resistentes"?

"O que aconteceu naquelas pessoas a um nível molecular e celular não é claro," disse Luuk de Vries, um neurocientista do Instituto Holandês de Neurociência, citado pela Science Alert.

No entanto, os investigadores acreditam que tanto a genética, quanto o estilo de vida do doente, possam estar na origem de cérebros "mais resistentes" ao Alzheimer.

Para além disso, o estudo também revelou que os cérebros destas pessoas pareciam ter melhor capacidade de eliminar proteínas tóxicas associadas ao desenvolvimento do Alzheimer e de produção de energia mais eficiente nas células.

Ainda não se sabe o que está por trás destes fatores ou como eles se ligam à doença de Alzheimer, mas esta investigação, publicada na revista Acta Neuropathologica Communications, é mais um passo importante para conhecer novos tratamentos para a doença, garantem os cientistas.

Recentemente, um estudo do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), da Escola de Medicina da Universidade do Minho, identificou que 40% das pessoas com a doença de Alzheimer sofrem de psicose, o que explica "um maior grau de patologia e de mortalidade”.

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