Saúde e Bem-estar

Medicamento para tratar cancros com rutura de fornecimento a nível mundial

Já há hospitais em Portugal a acionar o plano de contingência. Em causa está uma rutura no fornecimento, a nível mundial, de um medicamento de quimioterapia.

Cristina Freitas

João Sotto Mayor

Vítor Moreira

Está em falta desde meados de abril um medicamento para tratar alguns tipos de cancro, sobretudo gastrointestinais e da mama. O Infarmed confirma que há um problema no fornecimento a nível mundial.

O hospital de Guimarães, por exemplo, acionou o plano de contingência, mas garante que nenhum doente oncológico ficou sem tratamento. Segundo o Jornal de Notícias, um doente deste hospital questionou o Infarmed sobre a situação, tendo recebido a confirmação de que a distribuição está a ser limitada porque se encontra em rutura.

À SIC, o Infarmed confirma também a situação, acrescentando que a rutura se prende com o “aumento da procura”.

O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos e ex-presidente do Infarmed sublinha que é importante não criar alarmismo, porque há medicamentos alternativos e mecanismos que permitem aos hospitais partilharem o stock.

Desde 11 de abril, o Infarmed autorizou em contexto excecional 11 pedidos de aquisição deste fármaco, tendo chegado já ao país cerca de 3.000 embalagens. Faltam ainda chegar mais 6.100 unidades.

À SIC, o IPO do Porto garante que não está a adiar tratamentos por falta de medicação e que ainda há stock para os próximos dias.

Em Portugal há duas empresas farmacêuticas a distribuir o produto. Contam repor o medicamento em meados de junho e início de julho.

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