Há seis hospitais que podem colapsar já a partir de novembro. O alerta é da porta-voz do movimento “Médicos em Luta” que prevê uma situação catastrófica nos Hospitais de Coimbra, Guarda, Loures, Matosinhos, Viseu e Santa Maria da Feira. A especialidade de cirurgia é a mais crítica.
Perto de 2.500 médicos - diz o movimento - entregaram já minutas de escusa às horas extraordinárias, muitas com efeitos a partir de 1 de novembro.
Neste momento, no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, por exemplo, metade dos especialistas de Cirurgia Geral e todos os internos da especialidade entregaram o documento.
O caso do Hospital de Loures é ainda mais complicado. No Beatriz Ângelo, em novembro, não haverá um único médico de cirurgia geral a fazer horas extra para lá das 150 anuais obrigatórias que, aliás, já foram ultrapassadas.
Os hospitais de Viseu, Guarda, Matosinhos e Santa Maria da Feira vão também sentir - segundo os Médicos em Luta - variados constrangimentos a partir do próximo mês.
Contactadas pela SIC, as administrações de algumas destas unidades hospitalares acreditam que ainda é prematuro falar num cenário deste tipo até porque as escalas de Novembro só ficam fechadas no final do mês de outubro.
O funcionamento em rede sugerido pela direção executiva do SNS não vai, acredita o movimento dos médicos em luta, resolver os problemas.
Ao longo da última semana, e principalmente no fim de semana passado foram vários os serviços que encerraram por causa da falta de médicos para completar escalas. Em novembro, acredita o movimento,
poderá ser ainda pior.