O IPO de Lisboa vive dias difíceis. Médicos e enfermeiros do serviço de pediatria do IPO de Lisboa apresentaram escusa de responsabilidade, alegando que os recursos humanos são escassos. A mesma decisão foi também tomada pelos farmacêuticos do Instituto, depois da diretora do serviço ter apresentado a demissão na última sexta-feira.
A diretora dos serviços farmacêuticos do IPO de Lisboa demitiu-se alegando escassez de meios. O conselho de administração rejeitou que a segurança dos doentes estivesse em causa, mas os farmacêuticos do Instituto não concordaram e esta terça-feira também apresentaram todos escusa de responsabilidade.
A falta de recursos humanos estará a afetar outros departamentos do IPO de Lisboa, uma vez que também os médicos e enfermeiros da Pediatria apresentaram, na segunda-feira, escusa de responsabilidade, alegando que não estão reunidas as condições que garantam a segurança dos doentes. O turno da noite tem sido o maior problema, sendo que, desde agosto, quando a capacidade do serviço foi reduzida de 23 para 16 camas, diminuiu também o número de enfermeiros.
Na eventualidade de uma criança precisar de ser transferida para outro hospital ou de realizar exames complementares noutra unidade de saúde, de madrugada, fica apenas um profissional a assegurar o turno.
Os médicos, que estão apenas de prevenção durante a noite, também informam o conselho de administração que, além da falta de equipas médicas e de enfermagem, são óbvias as dificuldades de acesso a meios complementares de diagnóstico e tratamento.
O Conselho de Administração do IPO de Lisboa responde alegando que tem pugnado por proporcionar melhores condições de trabalho, nos vários serviços, incluindo os de farmácia e pediatria. Reconhece o empenho dos profissionais e garante que não está em causa a segurança e qualidade dos cuidados prestados aos utentes.