Anna, de 33 anos, vive momentos de angústia. O seu marido foi levado pela polícia após uma verificação de rotina e encontra-se agora num centro de mobilização, sem saber o paradeiro exato ou o que lhe espera, Anna escreve-lhe uma carta de amor, na esperança de que ele a receba.
“Disseram-me que ele estava a fazer testes médicos. Prometeram que me ligaria ontem, mas não aconteceu. Hoje estou aqui outra vez.”
Ela reconhece que o marido está legalmente obrigado a servir, mas questiona a forma como tudo aconteceu:
“Não há escapatória, ele vai servir. Mas gostava de saber onde estará e o que fará. Isto não devia ser assim. Se é obrigatório, que seja de forma humana.”
Kateryna, designer de joias, também viu o seu namorado ser levado numa operação de fiscalização de trânsito. Um dia depois, embarcou num comboio para o visitar, num reencontro marcado pela emoção.
“Foi um momento bonito em tempos difíceis.”
Em Kyiv, os memoriais multiplicam-se, as pessoas homenageiam os soldados que não voltaram. Por toda a cidade é visível o preço elevado da guerra.”
Anna, Kateryna e muitas outras mulheres e mães tentam manter a esperança. Recorrem ao apoio dos amigos, enquanto aguardam notícias destes solvados levados "à força".