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Como as tarifas de Trump paralisaram o maior porto da China

Milhares de contentores estão empilhados no porto. Como a entrada dificultada nos EUA, a Europa receia o dumping - a inundação do mercado com produtos chineses baratos que não podem ser vendidos nos EUA.

SIC Notícias

O impacto das pesadas tarifas alfandegárias impostas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos chineses já se faz sentir na economia da China. O porto de Xangai, o maior e mais importante para as exportações chinesas, enfrenta uma redução drástica nas operações após as taxas aduaneiras americanas terem disparado para 145%.

O porto, acessível por uma ponte de 32 quilómetros, é um símbolo do avanço tecnológico chinês e crucial para o comércio entre os dois países. 50 milhões de contentores passam por este porto todos os anos, muitos desses contentores têm a América como destino final.

No entanto, esse comércio praticamente paralisou. As tarifas elevaram tanto os custos para produtores e transportadores que deixou de ser rentável enviar as mercadorias. Muitos camionistas estão agora parados junto ao porto de Xangai sem destino para as mercadorias.

"Estamos todos estacionados aqui na berma da estrada, não podemos fazer nada. Estou preocupado, porque com este camião tenho de sustentar toda a família e, de repente, não há mais trabalho. Se a China não conseguir vencer esta guerra comercial, será difícil para nós no futuro."

Milhares de contentores estão empilhados no porto. Como a entrada dificultada nos EUA, a Europa receia o dumping - a inundação do mercado com produtos chineses baratos que não podem ser vendidos nos EUA.

O Governo chinês afirma estar disposto a lutar até ao fim. No entanto, quanto mais tempo durar esta guerra comercial, mais dolorosa será.

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