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"Um anjo na ponte", os atrasos em escolas sem telemóvel e um hotel que é um exemplo de integração

Na Ponte Clark Memorial, em Louisville, nos EUA, a coragem de uma mulher e a rápida ação da polícia salvaram a vida de um homem. Os professores de uma escola na Noruega ficaram surpreendidos com o impacto inesperado da proibição dos telemóveis na escola. No Strandhotel Duhnen de Cuxhaven, na Alemanha, os 100 funcionários têm 19 nacionalidades diferentes, uma diversidade forçada pela falta de mão de obra.

SIC Notícias

É um vídeo impressionante de um resgate dramático na Ponte Clark Memorial, em Louisville, nos Estados Unidos. As imagens mostram como a coragem de uma mulher e a rápida ação da polícia salvaram a vida de um homem.

A mulher está fazer a sua corrida diária quando percebeu que um homem estava a tentar atirar-se da ponte. Antes da chegada da polícia, tentou convencê-lo a parar. "Ela não se limitou a passar por ele. Preguntou-lhe o que ia no coração. Ela parou e perguntou: o que lhe vai no coração?"
Momentos depois, um polícia que passava pelo local apercebeu-se da situação. O detetive Willis nem pensou, saiu do carro a correr e agarrou o homem que tentava, pela segunda vez, atirar-se.
"Estava a segurá-lo com todas as minhas forças. E nesse momento, as minhas mãos estão completamente atadas."
O detetive precisava de reforços mas não conseguia alcançar o rádio, que tem um botão laranja de emergência.
Pediu à mulher que pressionasse o botão e, quase imediatamente, chegaram ao local mais agentes. O homem foi levado para o hospital. É um momento que Willis diz que nenhum treino pode preparar. O homem foi hospitalizado e o detetive acompanhou-o.
"O que lhe disse foi que ele devia estar aqui, sem dúvida."
Às palavras de Willis o homem respondeu com um abraço.
"Isso significou tudo para mim naquele momento."
Para a polícia de Louisville, "O Anjo na Ponte" foi a mulher que parou para falar com este homem.

O que aconteceu quando a Noruega proibiu os telemóveis nas escolas?

Deixaram de se distrair no scroll das redes sociais ou nas inúmeras mensagens para os amigos, mas começaram a chegar atrasados aulas. Os professores na Noruega não estavam a perceber o que provocaria estes atrasos cada vez mais frequentes, até que perguntaram a grupo de alunos: “Sabem que horas são?”. Eles não sabiam.
Nesse momento perceberam que na escola só existiam relógios analógicos e os estudantes não sabiam ver as horas. Os professores de uma escola secundária de Bergen decidiram ensiná-los. Mas depois de algumas semanas, o esforço parece não estar a resultar.
"Foi um pouco decepcionante. Eu esperava que já todos soubessem ver as horas no relógio analógico, mas não vamos desistir. Vamos vencer a batalha do analógico contra o digital."

Dezanove nacionalidades, um hotel e um exemplo de integração

O cozinheiro veio da Índia e a chefe das empregadas de limpeza da Colômbia. Dois exemplos entre 100 funcionários de 19 nacionalidades do Strandhotel Duhnen de Cuxhaven, na Alemanha. A diversidade foi forçada pela falta de mão de obra mas o exemplo destes trabalhadores mostrou que a integração faz a diferença.

A barreira linguística poderia ser o grande obstáculo. Os cursos para adultos são quase sempre à noite.

"Precisamos de muitos funcionários à noite. Isso cria um problema de tempo para nós".

Kristian Kamp, o diretor do hotel, encontrou uma solução. Em vez de enviar os funcionários para uma escola de línguas, contratou um professor reformado e as aulas de Heinz Rehse conquistaram os funcionários.

Nibin Thomas, o cozinheiro de 28 anos da Índia, e Estefanny Cantino, de 21 anos da Colômbia, destacam a complexidade da língua alemã, mas também reconhecem a importância de aprenderem a comunicar no novo ambiente de trabalho.

O curso de alemão é gratuito e voluntário, e tem sido bem recebido por todos no Strandhotel Duhnen, desde os chefs até aos gerentes. Kristian Kamp acredita que, sem esta diversidade e sem a superação da barreira linguística, seria impossível gerir o hotel com sucesso.

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