Estão em protesto e vão em direção a Sentinel Mountain, local que os seus antepassados usavam como vigia e onde, dizem, houve vários massacres de povos indígenas.
Hoje, esta terra, que consideram sagrada, está no centro da revolução americana dos carros elétricos e a construção começou numa mina de lítio, o chamado ouro branco, para fazer baterias para os carros elétricos. A mina é crucial para a política energética dos Estados Unidos.
Para Myron Smart, a industrialização deste lugar ofende a memória da avó que escapou ao massacre em 1865, quando ainda era bebé.
A Lithium Americas está a explorar Thacker Pass, que é terrenos público, e garante que o acordo, assinado pela tribo local, é benéfico para as comunidades.
A empresa garante que as preocupações culturais e ambientais foram abordadas de forma exaustiva, numa avaliação de impacto ambiental feita por um organismo governamental, e que foram objeto de análises abrangentes pelo tribunal federal de recursos.
As justificações não silenciaram, no entanto, os protestos.
Em causa está a política energética de Joe Biden. O Presidente dos EUA quer fazer do país o líder mundial em carros elétricos e minar o próprio lítio é fulcral. A questão é que ao tentar chegar a um futuro mais sustentável, o passado pode pagar um preço demasiado elevado.