Reportagem Especial

Estado de Lítio: uma guerra de interesses sem fim à vista

Foi uma pequena vitória para os habitantes de Boticas. Uma providência cautelar fez parar esta semana a prospeção de lítio em Covas do Barroso. A guerra com a empresa mineira já dura há sete anos e não tem ainda fim à vista.

Manuela Carneiro

Miguel Costa

António Soares

Isabel Cruz

A mina do Barroso tem protagonizado um conflito que esta semana conheceu um novo episódio com uma providência cautelar que parou a prospeção de lítio em Boticas. O projeto divide opiniões mas tem sido audível o protesto daqueles que vivem paredes meias com a área de concessão.

Os trabalhos do projeto da mina estavam a ser feitos ao abrigo de uma servidão administrativa. Uma autorização que permitiu à Savannah entrar em propriedades privadas e nos terrenos baldios.

Para os proprietários que se queixavam da invasão foi uma batalha ganha numa guerra que se arrasta há sete anos contra o lítio.

A servidão administrativa era a única forma que a Savannah tinha para aceder a estas propriedades. A empresa britânica garante que está a fazer tudo dentro da lei e tem procurado demonstrar a importância da mina que pode vir a ser uma das maiores explorações de lítio da Europa.

Estima-se que venha a produzir o suficiente para o fabrico de meio milhão de baterias de veículos elétricos por ano e gerar cerca de 200 empregos diretos.

Nada que convença quem vive perto do projeto que promete lutar até ao fim por um território que tem na natureza uma das principais riquezas.

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