Negócios da Semana

"Portugal não responde às tarifas de Trump? Isto não é um circo de vaidades para mostrar quem é o mais rápido"

Esta quarta-feira, só o anúncio da suspensão das tarifas adicionais com os países que mostraram querer negociar deu algumas tréguas a esta guerra em várias frentes, mas nada indica que Donald Trump vá desistir e que tudo volte à normalidade.

José Gomes Ferreira

Desde há cerca de um mês, o furacão das tarifas americanas atinge praticamente todo o mundo, com especial destaque para as bolsas, que, nos últimos dias, sofreram fortes quedas.

Nesta conjuntura internacional adversa, importa perceber como é que Portugal se deve posicionar. Se em confronto aberto com os Estados Unidos. Se deve apenas seguir as propostas da Comissão Europeia de aplicação de tarifas de 25% em alguns setores e ser o mais discreto possível.

Ou se nem sequer deve aplicar nada e procurar rapidamente outros mercados para reorientar as exportações que ficarem prejudicadas pelas tarifas de Donald Trump.

O ministro da Economia, Pedro Reis, esteve no 'Negócios da Semana' e assegurou que o Governo português está alinhado com a Europa na resposta às tarifas aplicadas pelo presidente norte-americano.

"Estes processos são muito sérios. Não é um contrarrelógio nem um circo de vaidades para ir ao terreno mostrar quem é o mais rápido. Obviamente, que o Governo há meses tem dentro do seu radar a situação dos Estados Unidos, só não sabíamos a sua dimensão", afirmou o economista.

O governante referiu ainda que a Europa "vai funcionar em bloco" e que é importante todos estarem alinhados, acrescentando que as medidas do Executivo de Luís Montenegro irão incindir no apoio às empresas.

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