A Entidade Reguladora mandou congelar o projeto do novo gasoduto que ia ligar Celorico da Beira à fronteira com Espanha. A REN queria fazer o gasoduto e já tinha dito que ia custar 414 milhões de euros. António Costa apostava na ligação para Portugal conseguir exportar hidrogénio verde para a Europa.
Afinal, sabe-se agora pelo comunicado da ERSE que a União Europeia ainda não atribuiu nenhuma comparticipação ao projeto, pelo que, no entender da Entidade Reguladora não pode avançar já. À SIC Notícias, o ministro desvalorizou o impasse da ERSE.
No entanto, os outros projetos do Governo nas áreas de ambiente e energia seguem a todo o vapor. É o caso das eólicas offshore, que o Governo pretende instalar ao largo de Viana do Castelo e até à Figueira da Foz. Apesar das críticas, especialmente de quem explora a costa portuguesa, Duarte Cordeiro garante que todos os projetos estão a ser alvo de estudos de impacto ambiental, acrescentando que, neste momento, vários modelos de financiamento estão em cima da mesa.
Também a mina de lítio no Barroso é para avançar. O ministro do Ambiente reconhece que o lítio é um material crítico, mas lembra que hoje em dia são vários os produtos do quotidiano que necessitam de lítio. E, defende Duarte Cordeiro, é preferível explorar o recurso em Portugal, sob condições controladas, do que estar a importar. Os habitantes da zona prometem “guerra” caso exploração avance.
Segue-se o parque eólico em Sines, que tanto tem dado que falar, devido ao abate de centenas de sobreiros. O governante volta a dizer que o projeto irá prosseguir e que foi alterada a compensação no território.
“Houve uma contestação relativamente ao processo. O governo reconheceu que talvez não fizesse sentido que toda a compensação fosse para o Algarve e corrigiu a dimensão. Para o futuro, o Governo convidou a associação ligada aos produtores de cortiça e ONG's para melhorar os processos”, afirmou, referindo que terão de ser plantadas 20 vezes mais árvores do que as abatidas.
Em Sines, o projeto para o hidrogénio verde também tem luz verde do Governo. Duarte Cordeiro considera que é um mercado que importa dar arranque e criar confiança nos primeiros projetos.
“Nós temos uma agenda mobilizadora. Serão 280 milhões de euros em apoios que alavancam mais de mil milhões de euros de investimento”, disse.