A Agência Portuguesa do Ambiente deu parecer positivo à exploração de Lítio em Montalegre, mas também impôs uma lista de 12 condições. No entanto, a população das freguesias afetadas critica a decisão. O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, diz que espera que seja possível cumprir todas as condicionantes impostas e promete um acompanhamento rigoroso na execução das medidas.
A Agência Portuguesa do Ambiente disse sim à exploração de lítio em Montalegre, mas a população ninguém convence. Os habitantes locais que não estão de acordo com a exploração e garantem que se a mina avançar “vai haver guerra”.
Além da paisagem, estão em causa vários fatores como a agricultura e também espécies como o lobo ibérico ou morcego que serão penalizados. E como se não bastasse, para a exploração mineira serão precisos entre 5.000 a 10.000 metros de água por dia.
Por todos estes motivos, os locais prometem continuar a lutar contra aquilo que consideram ser um “atentado contra o concelho”.
O parecer agora emitido diz respeito apenas à exploração, ou seja, as escavações. Já a refinaria é uma segunda parte do mesmo projeto e depende do poder local, que já garantiu não estar de acordo.
O total de área que ocupa o projeto desta mina de lítio é de quase 800 hectares, entre a área de exploração e a refinaria.
Ministro promete controlo
Em relação a esta temática, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, garante um acompanhamento exigente do processo de forma a fazer cumprir as condicionantes impostas.
Reconhece que a exploração de lítio em Montalegre tem impactos, mas ressalva que este é um projeto nacional e europeu “de importância estratégica”.