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"Não ouvimos um som do Presidente da República sobre esta crise política. Não pode ser só selfies"

No habitual espaço de análise na SIC Notícias, Ricardo Costa e Maria João Avillez analisam o chumbo da moção de confiança que levou à queda do Governo de Luís Montenegro.

Maria João Avillez

Ricardo Costa

A Assembleia da República chumbou esta terça-feira a moção de confiança apresentada pelo Governo, provocando a sua demissão. Votaram contra a moção de confiança o PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN, Inês Sousa Real. A favor estiveram o PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal.

De acordo com a Constituição, a "não aprovação de uma moção de confiança" implica a "demissão do Governo". O Executivo de Luís Montenegro fica agora em gestão, limitado aos atos estritamente necessários ou inadiáveis à continuação da sua atividade.

Na Edição da Noite, da SIC Notícias, Maria João Avillez considera que o Presidente da República devia ter falado ao país nesta crise política.

"Gostava de ter ouvido o meu Presidente. Nós não ouvimos 'um som' do Presidente da República. Desenha-se esta crise, não se ouve o Presidente da República? O país, que não tem acesso aos bastidores, devia ter ouvido o Presidente. Não é só selfies", atirou a comentadora SIC.

Ricardo Costa refere que que os líderes partidários são poucos experientes e que não cultivam a relação com o chefe de Estado.

"Estamos perante dois líderes partidários pouco experientes, pouco institucionais e que não cultivam a relação com o Presidente da República", apontou.

De acordo com uma nota publicada na página oficial da Presidência da República, na sequência da rejeição da moção de confiança ao Governo liderado por Luís Montenegro, e a sua consequente demissão, "o Presidente da República decidiu convocar os partidos políticos com representação parlamentar" para audições na quarta-feira.

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