Contas Poupança

DIGI, Amigo, UZO ou WOO? Comparámos preços e analisámos prós e contras

A entrada da DIGI veio agitar o mercado das telecomunicações em Portugal. A empresa romena chegou em novembro com preços muito baixos e praticamente sem fidelizações. O Contas-Poupança analisou os preços, os prós e os contras e comparou com a concorrência.

Pedro Andersson

Três empresas de telecomunicações dividiram o mercado praticamente sem concorrência durante muitos anos: a MEO, a NOS e a Vodafone. A Nowo e outras tinham algumas ofertas interessantes, mas muito localizadas.

Agora existe mais uma opção. A DIGI é uma empresa romena que também já está em Espanha, Itália e que está a começar na Bélgica.

Os preços baixos, grandes volumes de dados e internet rápida surpreenderam muitos consumidores e suscitaram muita curiosidade. Para além disso, experimentar o serviço quase não tem risco porque só há fidelização na internet fixa, e apenas por três meses.

O que oferece a DIGI?

Se só quiser ter internet em casa, a DIGI disponibiliza a velocidade de 1GB por 10 euros por mês.

Se quiser só telemóvel, tem ofertas a partir de 50 gigas por mês, por quatro euros (já com IVA). Os dados não usados acumulam para o mês seguinte, as chamadas nacionais são ilimitadas, mas, por outro lado, as SMS para redes fora da DIGI custam dois cêntimos cada.

Se quiser o pacote completo de Net+TV+1 telemóvel, paga 26 euros por mês.

A DIGI diz que já tem os serviços disponíveis a 93% da população e já têm cobertura em dois milhões de lares. Mas há ainda vários problemas por resolver.

A cobertura de rede e de fibra ótica ainda falha em muitos locais, há espaços específicos onde ainda não existe de todo, como no Metro de Lisboa.

Para além disso, na oferta de canais de Televisão, a DIGI tem cerca de 60 canais, mas ainda faltam canais relevantes como a SIC e outros canais por cabo. Também não dá acesso - mesmo pagando à parte - a canais desportivos que, para alguns consumidores, são muito importantes

As resposta da concorrência: Amigo, UZO e WOO

As três grandes empresas do mercado ainda não fizeram grandes alterações nos tarifários, mas já responderam com as marcas low-cost associadas. A MEO tem a UZO, a NOS tem a WOO e a Vodafone tem a Amigo.

  • A UZO oferece internet a 15 euros, com uma fidelização de três meses. Se juntar canais de televisão passa a pagar 25 euros. Se juntar um telemóvel com 200 gigas, fica a pagar 32 euros por mês.
  • A WOO, da NOS, desceu os preços da internet a 1GB de velocidade para 15 euros, com três meses de fidelização e, se quiser acrescentar canais, paga 25 euros por mês. TV+Net+1 telemóvel com 100 gigas de dados fica em 30 euros.
  • A Amigo, da Vodafone, tem internet por fibra por 15 euros. Se quiser canais de televisão passa a 22 euros, e com um telemóvel fica tudo em 27 euros por mês.

O pequeno (grande) pormenor

Estas descidas de preços até podem ser consideradas substanciais, mas há um detalhe importante que está a chocar muitos consumidores. É que estas ofertas, que têm cobertura através das empresas-mãe, só estão disponíveis nas zonas onde a DIGI já chegou e, podendo ter todos os canais disponíveis, há marcas que optaram por retirar a SIC e os outros canais que a DIGI também não tem da sua proposta.

Para a Anacom, esta atitude não é ilegal, mas sublinha que os consumidores devem tirar as suas próprias conclusões sobre a forma como as empresas estão a tratar os consumidores.

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