O CEO é o limite

Bernardo Correia, diretor-geral do Google Portugal: "Anos de Google são como anos de cão, é preciso multiplicar por sete"

Conta os seus anos de Google como anos de cão “é preciso multiplicar por sete”, dada a intensidade do caminho. Apaixonado pela tecnologia desde que se lembra de ser gente, Bernardo Correia, diretor-geral do Google Portugal, é o convidado deste episódio do podcast “O CEO é o limite”, onde falamos da missão dos líderes e da importância de ser redundante

O CEO é o limite

Foi um cabo de rede diretamente ligado do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), onde trabalhava o pai, à janela da casa de Bernardo Correia que ditou o destino daquele que é hoje o diretor-geral do Google em Portugal: “conseguíamos ter internet em casa e isso para um miúdo da minha idade foi uma descoberta”. A ligação ao mundo da tecnologia nunca mais se perdeu, mas na altura de escolher a formação superior optou por Economia.

Foi na L'Óreal e, mais tarde, na Unilever que percorreu os primeiros passados na vida profissional. Em 2006 carimbou o passaporte para a sede da Unilever, em Londres, onde assumiu posições de gestão internacional na empresa e uma posição ativa no desenvolvimento da estratégia digital global de marcas.

O gigante tecnológico Google entra no currículo de Bernardo Correia em 2008. Dezasseis anos na tecnológica que, insiste, não se contam como anos normais: “anos de Google são como anos de cão, é preciso multiplicar por sete”.

Bernardo Correia está desde 2016 ao leme dos destinos do gigante tecnológico em Portugal. Diz que “juntar paixão e competência é a forma de ter sucesso na carreira”. E recorda que, até aqui chegar, teve um percurso rico em experiências e pessoas que o desafiaram a ser mais e melhor: “passei a vida a olhar para cima, física e intelectualmente”.

O papel dos bons líderes, diz Bernardo Correia, é precisamente esse: “ser alguém que está lá para deixar as pessoas construírem os seus próprios sonhos, os seus projetos, capaz de dar uma visão que é apaixonante, mas que deve saber sair da frente” quando o momento chegar. É por isso que insiste que se considerará bem-sucedido na carreira quando o seu papel “for redundante e não precisarem de mim”.

O CEO é o limite é o podcast de liderança e carreira do Expresso. Todas as semanas a jornalista Cátia Mateus mostra-lhe quem são, como começaram e o que fizeram para chegar ao topo os gestores portugueses que marcaram o passado, os que dirigem a atualidade e os que prometem moldar o futuro. Histórias inspiradoras, contadas na primeira pessoa, por quem ousa fazer acontecer. Ouça outros episódios:

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