Rita tem 24 anos, é do Porto e mudou-se para Lisboa para estudar Design de Moda. Foi das primeiras a chegar à residência mais recente da Universidade de Lisboa, no Campus da Ajuda. As paredes já contam histórias com mais de seis anos. Esta foi a primeira e única opção.
"Vir para uma residência era a única possibilidade que me permitiria estudar em Lisboa, porque a minha mãe é mãe solteira e recebe o salário mínimo. Portanto, não haveria outra forma de prosseguir a licenciatura, se não fosse a residência", explica.
A residência tem capacidade para cerca de 300 alunos e, mesmo sendo uma opção mais acessível, os preços podem chegar aos 250 euros para estudantes não bolseiros. Para quem recebe bolsa, o preço fica nos 91 euros.
"É expectável que fique completa. Já temos muitos residentes a fazer a recandidatura e que se vão manter, e também muitos novos candidatos prontos para ocupar as vagas", afirma Zélia Abegão, diretora dos Serviços Sociais da Universidade de Lisboa.
Este caso não é único. Quem procura diz que a oferta não é suficiente. Com o aumento dos preços da habitação, as residências universitárias estão a tornar-se uma opção cada vez mais procurada pelos estudantes.