Educação

Há menos alunos carenciados colocados no ensino superior

Os resultados da 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior foram divulgados, este domingo, e mostram que ficaram agora colocados cerca de 43 mil estudantes, dos quais 1.548 são beneficiários de escalão A de Ação Social Escolar (ASE).

Elsa Gonçalves

Gonçalo de Freitas

Foram colocados menos alunos carenciados na primeira fase do Concurso Nacional. Em 2023, o número quase duplicou, mas a tendência inverteu-se este ano.

Há semelhança de outros anos, em 2023 o Governo criou um contingente prioritário, com 2% das vagas reservadas para alunos mais carenciados. Mas, nesta primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior, o número de colocados diminuiu em relação a 2024.

Cerca de 1.548 estudantes beneficiários de escalão A de Ação Social Escolar (ASE) foram colocados, a maioria (1.123) através desse contingente prioritário. Em 2024, eram mais 107 estudantes com ASE A e mais 55 através do contingente.

De acordo com um estudo da Edulog, o mecanismo ainda é pouco utilizado, mas, sem esta quota, 41% dos estudantes com escalão A não teriam entrado nos cursos a que se candidataram, por não terem nota suficiente, confirmando o que muitos estudos têm alertado: o insucesso académico é muito influenciado pela fraca situação económica, com mais chumbos e desistências entre os alunos de famílias mais pobres.

No ano em que foi criado o contingente prioritário, o número de beneficiários de escalão A duplicou.

Quanto às bolsas de estudo dos beneficiários até ao 3.º escalão, o Ministério da Educação anunciou que serão antecipadas para a fase de colocação, “que será decidida e notificada de imediato”.

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