Os guardas prisionais iniciam hoje uma greve total, até 05 de outubro, na prisão de Alcoentre, abrangendo os serviços mínimos às visitas semanais e entregas de sacos de roupa, mas não o trabalho de vindimas.
A paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), visa reivindicar o pagamento das horas extraordinárias e a uniformização das escalas de serviços de todos os elementos da guarda prisional, e representa uma evolução da greve que decorria às horas extraordinárias.
De acordo com a decisão do colégio arbitral a que a Lusa teve acesso, além das visitas semanais e a entrega de sacos de roupa aos reclusos, os serviços mínimos incluem ainda a "cantina semanal" (direito à compra de alimentos) e a frequência de atividades letivas e de formação pelos presos.
À Lusa, o presidente do SNCGP disse que a decisão não levanta problemas e congratulou-se com a exclusão dos serviços mínimos do trabalho de vindima no estabelecimento prisional, responsável pela produção de vinhos vendidos comercialmente e distinguidos com prémios.
Em causa, sustentou Frederico Morais, está o facto de a presença de guardas para garantir a segurança da cadeia, localizada no distrito de Lisboa, se dever sobrepor ao acompanhamento do trabalho de vindimas.