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DGS alerta para poeiras do deserto em Portugal e deixa recomendações

Uma nova massa de poeiras vinda dos desertos do Norte de África está a passar por Portugal Continental esta quinta-feira, alerta a Direção-Geral da Saúde. O organismo do Ministério da Saúde aconselha cuidados redobrados na população mais sensível.

Ana Rocio Garcia Franco/Getty Images

Marta Ferreira

Crianças, idosos e doentes com problemas respiratórios crónicos ou do foro cardiovascular são os principais visados nas recomendações que a Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu no contexto da massa de ar com poeiras em suspensão que está esta quinta-feira a passar pelo país.

De acordo com o organismo, "prevê-se a ocorrência de uma situação de fraca qualidade do ar no Continente, registando-se um aumento das concentrações de partículas inaláveis de origem natural no ar". Estas partículas, denominadas PM10, "têm efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações", sublinha a DGS.

Assim, enquanto esta massa de ar estiver a passar por Portugal, a "população em geral deve evitar os esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes".

Já no caso dos grupos de maior vulnerabilidade, como as crianças, idosos e doentes com problemas respiratórios crónicos (designadamente asmáticos) ou do foro cardiovascular, recomenda-se que, além de cumprirem as recomendações para a população em geral, permaneçam "no interior dos edifícios e, preferencialmente, com as janelas fechadas".

Além disto, os "doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso". Em caso de agravamento de sintomas, aconselha-se o contacto com a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou recorrer a um serviço de saúde.

Interior e Norte de Portugal são as zonas mais afetadas

O interior e o Norte de Portugal continental serão as zonas mais atingidas pelas poeiras transportadas pela massa de ar proveniente do Norte de África que esta quinta-feira afetam a qualidade do ar.

Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), prevê-se ainda nos próximos dias a ocorrência de situações de fraca qualidade do ar generalizada no território do continente, mas que terá maior expressão no interior e Norte do país.

A APA explica ainda que esta situação se deve a "uma progressiva intrusão de massa de ar do norte de África", acrescentando que, adicionalmente, se preveem também "níveis elevados de ozono troposférico", principalmente no interior do país, devido às elevadas temperaturas e transporte de poluentes, nomeadamente dos incêndios.

Os valores de partículas em suspensão e de ozono poderão superar os limites legislados nas regiões mais afetadas, registando-se índices de qualidade do ar médios a fracos, na generalidade do território do continente, acrescenta.

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