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Professores alertam ministro para crise na educação: indisciplina e burocracia no topo das preocupações

Uma carta aberta a Fernando Alexandre, assinada por 30 professores experientes, destaca problemas como o aumento da indisciplina nas salas de aula, o excesso de burocracia e o enfraquecimento da escola pública.

Elsa Gonçalves

Um grupo de professores enviou uma carta aberta ao ministro da Educação, alertando para o aumento da indisciplina, da burocracia e para o descrédito para o qual caminha o sistema de ensino. O Movimento de Professores e Educadores Sociais Democratas propõe medidas urgentes.

Definem-se como professores preocupados com o estado da Educação, muitos deles com mais de 30 anos de experiência.

Na carta dirigida ao ministro Fernando Alexandre, o movimento enumera um conjunto de problemas que considera essenciais resolver para travar o que descrevem como o progressivo enfraquecimento da escola pública.

Entre as preocupações apontadas está o agravamento da indisciplina nas salas de aula, fenómeno que, segundo o grupo, se tem vindo a acentuar e compromete o trabalho pedagógico.

O aumento da carga burocrática é outro problema destacado. Os professores alertam que o excesso de tarefas administrativas prejudica o foco no ensino e tem impacto direto na qualidade do tempo passado com os alunos.

Na carta, os professores propõem ainda a revisão do número de alunos por turma, a alteração do processo eleitoral para os diretores de escola e mudanças no Estatuto da Carreira Docente. Todas estas exigências são acompanhadas de propostas concretas que foram enviadas ao ministro da Educação.

O documento é assinado por 30 professores de várias escolas do país, num esforço que parte de um grupo informal que deseja contribuir de forma construtiva para a melhoria da escola pública e do ensino em Portugal.

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