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Linha a linha, cultura e língua unem alunos portugueses e imigrantes

Uma aluna portuguesa e outra imigrante venceram um prémio por criarem, juntas, uma história sobre a saudade, inspirada n’“Os Lusíadas”. Wania Qadree e Maria Eduarda Martins são exemplo de amizade, empatia e integração.

Catarina Lázaro

João Sotto Mayor

Lúcia Amorim

Duas alunas da Escola Básica de Eiriz, em Baião, venceram um concurso da Rede de Bibliotecas Escolares. Inspiradas n’“Os Lusíadas, criaram uma história sobre a saudade. Uma das autoras é paquistanesa, está em Portugal há três anos e é um caso de sucesso de integração de imigrantes.  

Não foi preciso dobrar o cabo das tormentas nem enfrentar o Adamastor, porque Wania Qadree foi recebida na escola de braços abertos. 

Incentivadas pela professora bibliotecária, as alunas Wania e Maria Eduarda participaram no concurso “Ser escritor é cool”, da Rede de Bibliotecas Escolares. Ganharam um dos desafios que assinala os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões. 

Linha a linha, a cultura e a língua foram o fermento da amizade, da integração e da empatia, nesta escola. 

O português é agora o denominador comum da turma, onde convivem cinco nacionalidades. Wania é sub-delegada de turma e, depois de ultrapassar a barreira linguística, foi até promovida a tradutora – ajuda os pais a compreenderem os professores. 

Três anos depois de chegar a Portugal, a família da menina paquistanesa garante que a aventura lusitana está a valer a pena.

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