O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu esta quinta-feira posse ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, e aos ministros do XXV Governo Constitucional, numa cerimónia no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
Uma das saídas deste novo Executivo, em relação ao anterior, diz respeito a Pedro Duarte, ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, que deixa esta pasta para se candidatar à liderança da Câmara Municipal do Porto pelo PSD.
Em entrevista à SIC Notícias, Pedro Duarte afirmou que o seu substituto, Carlos Abreu Amorim, ex-secretário de Estado, é uma pessoa bem preparada para assumir o cargo e representa um "fator de consenso e de geração de um ambiente propício à implementação das reformas de que o país tanto carece".
"Eu acho que o Carlos Abreu Amorim tem todas as condições para, em primeiro lugar, ser muito melhor ministro do que eu fui e para ser um construtor de muitas pontes e de diálogo, porque é uma pessoa muito mais ponderada e moderada", reforça.
Como deve o Governo lidar com o Chega?
Pedro Duarte defende que o Governo deve dialogar com todos os partidos da oposição, sem fazer distinções entre eles, especialmente quando se trata de um Executivo que não conseguiu obter maioria absoluta nas eleições legislativas antecipadas.
"Eles [Chega] é que vão ter de provar que têm sentido de responsabilidade, porque, de facto, não o tiveram.Se o Chega atingir uma determinada maturidade, talvez seja possível ter uma relação democrática normal em termos parlamentares. Mas, se permanecer naquela que tem vindo a ser a sua conduta nos últimos anos, acho que isso é impossível", defende.
"Quero dedicar-me à minha cidade"
Pedro Duarte é um dos vários candidatos à Câmara Municipal do Porto. O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares junta-se a nomes como Manuel Pizarro, ex-ministro da Saúde, e Filipe Araújo, atual vice-presidente da autarquia da cidade Invicta.
Afirma que quer regressar à cidade onde nasceu, estudou e viveu grande parte da sua vida, com o objetivo de melhorar o quotidiano dos portuenses — e deixa já uma promessa caso venha a ser eleito.
"A minha primeira prioridade vai ser a segurança. Vamos ter medidas muito efetivas, claras e concretas, com mão firme. Vão ter de ser musculadas, porque temos de prevenir que a cidade entre num caminho de onde depois é muito difícil recuar. Comprometo-me a que, no prazo de seis meses — que é o tempo necessário para formar novos polícias —, tenhamos 100 novos polícias na cidade", garante.