País

Cereja do Fundão: "Se não fossem os imigrantes, não havia produção"

Um produtor de cereja do Fundão que a SIC conheceu revela que dos 42 funcionários que tem a seu cargo onze são portugueses e os restantes são nepaleses. 

SIC Notícias

Já é crónica a falta de mão de obra na agricultura em Portugal e os imigrantes continuam a suprir as necessidades. Representam a maioria das pessoas que trabalha, por exemplo, na apanha da cereja, no Fundão, vêm do Nepal. 

São 35 hectares de terreno na quinta que a SIC foi conhecer. Aqui trabalham mais de quarenta pessoas, a grande maioria imigrantes. 

"Neste momento, se não fossem os imigrantes, não havia produção e recolha de cereja porque representam a mão de obra disponível. Neste momento, dos quarenta e dois, onze são portugueses e os restantes são nepaleses. São rápidos com as mãos e nestes pequenos frutos nota-se bem a destreza deles", revela João Filipe Mendes, produtor de cereja. 

Há, pelo menos, oito anos que Shiva Pun percorre estes pomares para apanhar as famosas cerejas do Fundão.  

Neste momento, ele é a pessoa responsável por explicar a quem chega a ciência na colheita destes pequenos frutos. 

Bishnu Kandel estava a trabalhar num Hotel no Nepal. Já apanhou melão e castanha e, agora, com a mulher Mina tenta o futuro neste terreno. 

A dificuldade é mesmo conseguir uma marcação na Agência para a Integração Migrações e Asilo. Muitos ainda esperam ver aprovado os processos de pedidos de residência no país. 

Últimas