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Pai de criança autista acusa TAP de "falta de bom senso"

Em declarações à SIC Notícias, Renato Sá diz que vai falar com o governo brasileiro e pedir uma negociação com a companhia para que o cão seja transportado ao lado do treinador, na cabine do avião.

Verónica Moreira

O pai de Alice, diagnosticada com autismo em grau elevado, não se conforma com a decisão da TAP, que se recusou a transportar o cão de assistência que acompanha diariamente a criança.

Em declarações à SIC Notícias, Renato Sá garante que quando comprou os bilhetes de avião no site oficial da TAP indicou que a criança seria acompanhada por um cão de assistência. Além disso, garante que foi submetida toda a documentação necessária ao governo português e à TAP para que o animal pudesse viajar na cabine do avião.

"Eles foram avisados. Tivemos de enviar uma série de documentos. Tudo isso foi feito", disse.

Esta não seria a primeira vez que o cão viajaria na cabine de um avião, ao pé da criança, e por isso a família nunca imaginou que esta situação pudesse acontecer.

"Nós já viajámos várias vezes pela American Airlinese nunca tivemos problema", garantiu.

Desde 8 de abril, quando a família se mudou para Portugal, que Renato Sá tenta transportar Tedy, o cão de assistência da filha, do Rio de Janeiro para Lisboa na cabine do avião, contudo o transporte já foi negado por duas vezes, a última no passado fim de semana.

Segundo Renato Sá, Tedy "é um cão treinado" e "faz parte da terapia de Alice" e por isso a situação é "uma completa falta de bom senso" porque a criança "está privada da terapia há 45 dias".

Desde a separação entre a criança e o animal, Alice tem tido crises com mais frequência, situação que o pai garante que poderia ser evitada se o cão já estivesse em Portugal.

Pai tem esperança que filha reencontre o cão

O pai de Alice diz que ainda tem esperança que a filha reencontre o cão. De acordo com Renato Sá, a família está disposta a fazer de tudo para que o animal seja transportado na cabine de um avião para Portugal.

À SIC Notícias, Renato Sá disse, inclusive, que vai falar com o governo brasileiro e pedir uma negociação com a companhia para que o cão seja transportado ao lado do treinador.

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