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“Deve alarmar-nos": 15% dos jovens portugueses ficam nervosos ou ansiosos quando estão sem telemóvel

O efeito do uso de telemóveis por crianças e adolescentes gera cada vez mais preocupação.  Nos países da OCDE, 70% das crianças com 10 anos já têm telemóvel.

Catarina Lúcia Carvalho

Sérgio Campos

Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que 15% dos jovens portugueses ficam nervosos ou ansiosos quando estão sem telemóvel. Mais de metade dos adolescentes com15 anos já passam pelo menos 30 horas por semana em frente aos ecrãs.

O uso de telemóveis é preocupação comum a pais, escolas e profissionais de saúde. No Agrupamento de Escolas de Aveiro, reúnem-se com regularidade para definirem estratégias e regras, em casa e no espaço escolar. Uma tentativa de travar os efeitos nefastos do uso problemático de smartphones por crianças e adolescentes.

Um relatório da OCDE revela que 15% dos adolescentes portugueses ficam nervosos ou ansiosos quando estão sem telemóvel.

“É o medo de ficar excluído e os sintomas dessa dependência que se pode estar a instalar”, refere Adelaide Costa, psicóloga.

“Está a atingir proporções que nos devem alarmar”, afirma Vítor Marques, diretor do Agrupamento de Escolas de Aveiro.

Nos países da OCDE, 70% das crianças com 10 anos já têm telemóvel. Com 15 anos, mais de metade passa pelo menos 30 horas por semana colada a ecrãs.

Escola e famílias acreditam que a maior arma é a prevenção, logo a partir do 1.º ciclo. As regras e restrições devem começar em casa. Mas a OCDE defende que também as operadoras de telecomunicações têm responsabilidades, nomeadamente no controlo de conteúdos inapropriados.

É ainda deixado um apelo aos Governos para que definam políticas públicas que garantam a proteção e segurança dos utilizadores menores de idade no mundo digital.

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