As frases usadas por Pedro Nuno Santos na comunicação ao país estão em destaque na página da campanha, onde, tal como prometeu, tornou públicos, na manhã desta quinta-feira, vários documentos relativos à compra de duas casas, atualmente sob averiguação preventiva do Ministério Público (MP).
Há escrituras, cadernetas prediais, notificações sobre o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e contratos promessa de compra e venda.
Líder do PS revela documentos sobre negócios
A escritura mais recente, de 2022, é referente à casa de Montemor-o-Novo, que custou 570 mil euros. O sinal de 10% foi pago através da conta da mulher. Os restantes 513.000 euros foram liquidados com 508.000 euros de uma conta conjunta, 5.000 euros de uma conta de Catarina Gamboa e mais de 450.000 euros são de um empréstimo à Caixa Geral de Depósitos (CGD) que ainda estão a pagar.
A casa onde vivem, em Telheiras, foi comprada em 2018 por 740.000 euros. Deste valor, 92.500 euros foram a pronto através de duas contas de Pedro Nuno Santos e o restante foi pago através de uma conta conjunta da mulher e de um empréstimo à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
No ano seguinte, 450.000 euros foram abatidos com a venda da primeira casa, localizada na Praça das Flores. A casa foi comprada em 2004 por 245.000 euros, através de um crédito concedido pelo então Banco Espírito Santo. Os pais foram fiadores do empréstimo e o apartamento, com três assoalhadas, acabou por ser vendido em 2019 por 485.000 euros.
Ao todo, foram disponibilizados 19 ficheiros: 9 são documentos oficiais, mas há ainda outros 10, compostos por notícias e respostas à comunicação social. O caso veio a público pela primeira vez em 2023.