País

MP alvo de críticas por ter tornado pública averiguação preventiva a Pedro Nuno Santos

O social-democrata e antigo diretor da Polícia Judiciária, Fernando Negrão, defende que este mecanismo levanta riscos para quem está a ser investigado e defende que a comunicação pública não devia acontecer. 

Diogo Teixeira Pereira

O Ministério Público está a ser criticado por ter tornado pública a existência de uma averiguação preventiva ao líder do PS, Pedro Nuno Santos. Na resposta, o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público responde que as instituições não podem parar só porque há eleições. 

Averiguação preventiva é um dos mais recentes termos judiciais a entrar na vida política, mas há uma dúvida em cima da mesa: é mesmo necessário ficarmos a saber que uma averiguação preventiva está a decorrer? 

Para o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público era inevitável que ficássemos a saber. 

Cândida Almeida foi diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal e é uma das vozes mais críticas da decisão do Procurador. 

"Isto não tem de ser comunicado. É um procedimento interno, um procedimento administrativo do Ministério Público. Isto é um procedimento administrativo que pode ser estudado e pode ser instaurado com os registos próprios depois da campanha eleitoral", diz em entrevista à Rádio Renascença. 

O social-democrata e antigo diretor da Polícia Judiciária, Fernando Negrão, defende ainda que este mecanismo levanta riscos para quem está a ser investigado e defende que a comunicação pública não devia acontecer. 

À SIC, o advogado Paulo Sá e Cunha aponta que neste caso houve "claramente uma confusão de planos entre a área da Justiça e a política". 

Últimas